sábado, dezembro 20, 2008

A velhice do capitalismo

A recauchutagem do capitalismo tem como objectivos fundamentais o aumento do poder através da globalização na base da concentração do capital, no seu fortalecimento, na destruição da concorrência e no empobrecimento sistemático das classes trabalhadoras.
A experiência de décadas de crescimento capitalista demonstrou que a abertura das portas da riqueza fomentou o aparecimento de uma multidão de novos-ricos que, no entender dos poderosos, desvirtuou a sociedade privada das elites detentoras do poder político.
Pretende-se concentrar o poder sobre os homens e sobre as coisas. A concentração do poder político e económico fecha-se sobre si mesmo. Não se pode abrir a porta da fortuna a tanta gente. O sistema quando pulverizado não consegue controlar a periferia e o centro desaparece, torna-se transparente e quebra-se em biliões de pedaços.
Em tese, todo o sistema contém dentro de si mesmo o gérmen da sua autodestruição. Desde os finais do século XIX e durante o século XX, o sistema capitalista teve a sua evolução e construiu a sua história. Agora, encontra-se na encruzilhada da sua sobrevivência. Tem muitas forças, muitas tecnologias, muita inteligência, muitos poderes.
Nunca como hoje se colocam tantas dificuldades às classes dependentes do seu salário para sobreviverem diariamente enfrentando, a qualquer momento, o terror do desemprego, da miséria, da fome, da morte e da guerra.
É neste contexto de incerteza, de infortúnio, de falta de esperança, que assistimos ao rebentar dos conflitos na Europa mediterrânica, no caso da Grécia, Atenas, berço da democracia e da civilização europeia.
São estes sinais que nos devem alertar para o que poderá vir por aí, dos lados do Mediterrâneo, das pristinas gentes que fizeram de nós aquilo que somos.
Zé, escuta os sinais dos tempos…

1 comentário:

Anónimo disse...

Cheguei tarde mas cheguei.
Custou a descobrir mas já cá estou.
assim se vão desvendando segredos.