segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O poder quando cego, surdo e mudo...é ilegítimo...

Vejamos então, como anda a Nação...

Quando tocam as trombetas e o medo anda no ar,

Vai-se tudo endireitar, reformar, racionalizar, legitimar,
Modernizar, (eu sei lá que mais...)

Contra tudo e contra todos, a força da lei vai ditar!

E a lei vai amarrar, amedrontar, arrepiar, desmotivar, angustiar...

É tudo feito a preceito, não tem nada que enganar!
Tudo ficará perfeito.
Tudo irá endireitar.

A lei é silenciosa,

Solta as raivas e rancores,

Uma coisa preciosa...
Para servir os Doutores...

Na Saúde,
(estamos todos doentes) na Justiça e Educação,

Obras primas quem as tem, lá prós lados de Belém, foi montada a armação,
Os amigos, dão-se bem!

E, contestar?!

É um crime!...

Contra o regime!...

Contra o Estado!...

Quem não é?!...

Anda trocado.

É subversivo, abusivo,

Anda mal habituado.

Não tem futuro, à procura de um furo,

É um ser ultrapassado.


Palavras enigmáticas!!!

Não domina as boas práticas.

Oportunista, ganancioso,

Preguiçoso e instalado,

Retardado e malcriado.

Contra o muro é impotente,

Incontinente, atrasado.

É a imagem no presente

Do homem de antigamente,

Homem honesto e honrado,

Que pobre, andava contente

E nos bolsos tinha um cravo, cansado de ser escravo...

Numa manhã primaveril

Que a memória retém,

Sentiu-se um dia, diferente,

Pensava que era alguém...

Mas, o sonho que sonhava!...

O voto, não deu em nada

E a tristeza lá vem...

Vai ser a minha namorada!...


domingo, fevereiro 25, 2007

Angústia, frustração, a pandemia instalou-se...


Não resisto a publicar um poema que me enviaram há dias.

Sente-se, cada vez mais, uma raiva que grita, um coração que soluça, uma vontade à procura da luz, do astro, da energia que se perdeu nestas noites de breu...


(...)

No "Dia dos Namorados"

Solto a minha paixão...

Quando te imagino a "decretar",

Parte-se-me o coração;

Começo logo a suspirar(?)

Por mais uma "substituição"...

Teus negros e doces olhos,

Tua face tão altiva,

Arrebata-m'o desejo,

P'la tua "componente não lectiva"...

Teu nariz arrebitado,

Símbolo de tanta firmeza,

Mais consegue realçar,

Contra os professores a dureza.

Sou muito tímido, eu sei;

E cuidadoso no trato,

Se não colocaria(?)

No cacifo o teu retrato...

Nas longas horas que passo,

Na "sala de estudo", aos bocados,

Vou enchendo resmas de folhas,

Com corações trespassados...

E na "sala do aluno"?

Se não fosse a confusão,

Volumes de poemas faria(?)

Vertendo a minha paixão...

Nas horas de "Biblioteca",

Pesquiso, sempre à procura,

De nas revistas encontrar (?)

A tua adorada figura...

Só não consigo compreender,

O meu amor não correspondido;

Passo os meus dias na Escola,

Ando, por aqui, todo partido...

Com tamanha frustração

E injusto sofrimento

O meu amor tornou-se ódio

E a Escola um tormento...

(...) autor anónimo