quarta-feira, novembro 19, 2008

A teimosia do poder da maioria...

A teimosia e a obstinação (confusão entre determinação e firmeza) da Equipa do ME na implementação, a todo o custo, ou com uns retoques na maquilhagem, de um modelo que impõe fichas pré-fabricadas pelo patrão, suporte regulador de toda a articulação burocrática do mesmo, é a origem de todos os problemas que atormentam a classe docente.
Se a oposição dos docentes alinhasse pela negação ou recusa da avaliação estariam a cavar a sua própria sepultura. Perante a sociedade expunham-se à triste figura da incompetência e da pobreza intelectual que muitas vezes se percebe nas entrelinhas do discurso político das elites que nos governam.
A Sr.ª Ministra Maria de Lurdes Rodrigues é uma mulher com cara de pau, de mau perder, sem humor, obscura, estranha e muito mal vestida. Está entre a madre superiora e a acólita do abade. Dogmática no seguidismo ao chefe político do governo. Mas, disfarça muito mal e cora, por vezes, quando não consegue encaixar as críticas e arremessos que lhe fazem de fora, ou dos ovos que se estragaram na pintura do seu topo de gama.
- Que mais nos irá acontecer…

domingo, novembro 16, 2008

E foi por isso que ela ouviu...bila berde em grande...

Tradução do Galego Bracarense
Quer chova ou faça sol
Sempre prontos a lutar
Viemos de Vila Verde
Dizer queremos ensinar
Se a Lurdes fosse voando
Para outra freguesia
Ao menos, de vez em quando,
Dáva-nos uma alegria.

Os lenços de namorados de Vila Verde costumam, por tradição, conter vários erros ortográficos na Língua de Camões. Mas, no Galego Bracarense, tem sentido e dignidade.
Abaixo o colonialismo lusitano, Viva a naçon galega.

sábado, novembro 15, 2008

Uma semana depois... ( the day after... 8 )

Mais um sábado de protesto contra a teimosia de uma equipa que compra os árbitros, os fiscais de linha, os treinadores e os outros que fazem parte da "gamela", "panela", "tacho" e afins...
Agora também os alunos saem à rua e pedem a demissão da Sra. Lurdes Rodrigues como Ministra da Educação. Só que a cena dos ovos não estava prevista. Dizem alguns puritanos da nossa praça. Escutem os sinais dos tempos. As coisas podem resvalar para uma crise aguda de desordem pública. Estamos perto que tal aconteça. E depois?
Arrependam-se enquanto há tempo. Confesso que estou preocupado...
Há coisas que, quando se iniciam, dificilmente se travam sem acidentes. Só não sei que danos colaterais ocorrerão, num futuro muito próximo...
Estejam preparados para tudo... preparem as baterias, as lanternas, as latas de conserva e as bolachinhas de água e sal...( não esquecer o chopito...)

segunda-feira, novembro 10, 2008

Professores, a maioria descontente...

Tanta gente descontente, angustiada, capaz de percorrer centenas de quilómetros dentro de um autocarro carregado de esperança e sofrimento. Foram horas e horas a castigar os pés até aos ossos. Vencidos pelo cansaço, desmaios, desfalecimentos aqui e além, a massa humana comprimia os corpos, libertava os espíritos e as vontades. Ninguém arredou pé. Estive aí, todo o tempo, desde que à grande praça lusitana me entreguei até que iniciei a marcha, a passo de caracol, à velocidade de 100 metros por hora. Quando cheguei ao Rossio já o sol desertara e a noite chegava, encoberta pela iluminação da praça e dos milhares de olhos que nos miravam, curiosos. O perfume das castanhas a cada esquina, a multidão que cantava e gritava contra a ministra e o seu primeiro, faziam-me recordar tempos idos de liberdade arrebatada. Aquele barulho, uma imensa massa de descontentamento.
Oito de Novembro de dois mil e oito, jornada histórica na lusa glória de ensinar e aprender. Só os cegos não viram nada. Ouviram cento e vinte cinco mil vozes. Milhões testemunharam através da televisão e da rádio, num sábado que deveria ser o descanso de quem trabalhou toda a semana.
Cheguei a casa na madrugada de Domingo.
Cansado, mas com esperança redobrada.
Perdi um dia. Ganhei milhões!..
Pensei toda a semana e só cheguei de madrugada....