segunda-feira, abril 11, 2011

Portugal prisioneiro


Há momentos marcantes na nossa História. Os acontecimentos a que assistimos todos os dias ficarão na memória dos cronistas como fundamentos da perda da nossa independência política, económica e social, aos novos senhores da Europa e do Mundo. O capitalismo financeiro global que tudo controla e tudo subjuga.
Portugal viu abrir-se uma janela no dia 25 de Abril de 1974 de onde se podia apreciar e sentir uma nova paisagem florida, fresca e verdejante, futuro progressista, prometedor, um novo azul a céu aberto sobre o mar imenso.
O patriotismo das elites políticas via em cada português uma imagem de esperança num futuro paradigma perdido nos euros aos milhões que inundavam o país. Venderam-nos a receita europeia do mundo dos ricos.
O bem-estar social, a social-democracia, os negócios sem limites, o consumismo desenfreado, os novos estereótipos made in USA, a música de ficar surdo, a droga e o álcool, a night da juventude perdida, o futebol e a pimbalhada, o cartão de crédito e as viagens intermináveis nos charters turísticos, as mega-exposições e os mega-concertos que animam a malta, tudo isto sem ter dinheiro vivo que tanta coisa pagasse.
O mais incrível que poderia acontecer foi termos um governo socialista que fazendo jus à sua ideologia lançou Portugal no abismo da banca rota. Foi o último sopro da independência portuguesa. Logo saltaram sobre nós os lobos do norte, famintos, dentes arreganhados, prontos para morder a goela da vítima.
Assim morreu uma nação valente e imortal. Cantai o hino, ó gente! levantai a bandeira bem alto e mostrem a esses senhores que quem manda aqui somos nós, a gente incógnita dos jornais e da televisão. Algum dia o sol brilhará novamente e a brisa do mar voltará a sentir-se.