terça-feira, novembro 29, 2005

Frustração e não só...

Gosto muito de ouvir boa música. Há muitas pessoas como eu...
Há, no Porto, uma “Casa Da Música”. Um local dedicado ao som e à música. Um espaço virado para o som, por excelência.
Mas, para mal dos meus pecados, a maior parte dos concertos, são à noite.
Vivo numa localidade, a 40 km do Porto, servida pelos novos comboios amarelos, os Suburbanos do Porto.
Quando vi inaugurada esta linha dupla, cómoda, rápida e segura, pensei:
- Hum, quando quiser ouvir coisas boas, agradáveis, boa música, é fácil! Deixo o meu carro numa estação, perto de minha casa, entro no amarelo do Porto e, descansadamente lendo o jornal vespertino ou ouvindo mp3, sem apanhar frio ou chuva, mudando, apenas, na estação de Campanhã, para o Metro, saio na Casa da Música, num abrir e fechar de olhos, sem as consumições e chatices da autoestrada, das portagens e das intermináveis filas para o estacionamento do carrinho, se para tal houver pachorra e moeda pró “venha, venha, já bateu”.
Bem pensava frei Tomás…umas boas outras más…outras, nem uma coisa nem outra!
Ora, o problema é que o dito amarelo não anda à bolina, com ventos contrários. Ir é fácil, o pior é que à hora em que acaba o espectáculo, não há amarelo p’ra ninguém. O último, parte às 22.30h de S.Bento.
Para voltar, só de Táxi ou a pé…
A solução passa pelo carro próprio e não estou p’raí virado. Andar, na autoestrada, à noite, com chuva, vento e correrias, não é convidativo nem interessante. Para não falar do perigo que, actualmente, representa, circular numa autoestrada, em pleno dia, quanto mais, à noite.
Portanto, por consequência, por toutatis, por belzebu, por sei lá o que lhe chamar, não posso desfrutar da qualidade de vida que o tal amarelo me poderia proporcionar.
Lamento, só posso lamentar. Ter esperança que alguém, ao ler estas palavras, se indigne por não dar música quando o poderia fazer…

segunda-feira, novembro 28, 2005

M20 (NGC6514) e M21 (NGC6531)

" No canto superior esquerdo da imagem é visível a nebulosa da Trífida. Nesta mesma imagem é ainda visível o enxame aberto M21, situado no canto inferior direito. A nebulosa da Trífida é uma nebulosa de emissão e de reflexão. O seu nome deriva do Latim "trifidus", que significa "dividido em três", fazendo-se referência aos três lóbulos que compõem a nebulosa de emissão visível na parte de cima da imagem.(...)"

Além dos bifídus activos, esta imagem mostra a imponência do "Trifídus"... - será que viémos dali, há milhões de anos?..hummmm?!...( brincadeiras...)

Quanto mais profundo, no passado, o nosso olhar mergulha, mais nos admira a nossa existência no cosmos...

sexta-feira, novembro 25, 2005

Há trinta anos!...

Há 30 anos, Portugal entrava no clube das democracias ocidentais. Bateram-se palmas...

A burguesia ganhara a corrida ao proletariado despolitizado, inseguro, mal doutrinado e dividido entre as elites revolucionárias que lutavam pelo poder e pelo control do M.F.A. e do Conselho da Revolução. Da forma como tudo aconteceu, já se antevia o resultado. Se houvesse a possibilidade real de se avançar para um estádio mais avançado da sociedade, certamente que se tinham gisado cenários paradoxalmente passíveis de grandes convulções sociais. Paradoxalmente, é igual ao impossível. A sociedade ainda não estava pronta e madura para ultrapassar os traumas do passado. Agarrou-se aos escolhos que flutuavam nas águas turbulentas dessa enseada da palha do Tejo.

Quando acordou, sentiu um arrepio, uma mágoa na alma, de saudade, um acenar ao longe, entre bancos e cartões de crédito, avenidas de portagens, pontes sem retorno, divórcios imaginados e traições sem fim... dali, avistava-se a nebelina do caos e do apocalipse final.
Onde estava, o que fizera? Onde ficava o mar azul no negro horizonte do futuro?!...

segunda-feira, novembro 21, 2005

ir na boleia do vento...

Enquanto o vento soprava forte, a maré surgia no horizonte.
Uns procuravam abrigo, outros enchiam as velas, de peito aberto, enfrentando o zumbido dos tempos...
Há sempre quem se proteja e quem arrisque na sorte.
Uns constróem novas rotas, outros esperam, pacientemente, a morte...
Noutros tempos, espreitavam pelo canto da janela, pela aba do chapéu ou nos bofes da samarra. Não me comprometa! Eu nem vi, nem ali estava!...
O tempo batia nos ponteiros do relógio, um Tic Tac pausado...
Agora, nem se diz nada!
Anda o Mundo avariado...

domingo, novembro 20, 2005

Crianças, a dura realidade...

Criança remexendo numa lixeira de Sadr City, um dos bairros mais pobres de Bagdad. (AP) El Pays
90 milhões de crianças passam fome... ... e 640 milhões não têm casa, 240 milhões trabalham desde os cinco anos e 140 milhões nunca foram à escola, foram os dados divulgados aquando da comemoração do Dia Mundial da Criança.
Isto são factos, realidades duras de roer...que mundo é este em que vivemos...

O abandono da agricultura



As imagens representam, em muitos casos, o resultado da aplicação dos subsídios à agricultura portuguesa em 65% da Superfície Agrícola Utilizada nacional. Pois é! O pior vem a seguir... Não há pachorra...
Numa entrevista recente, o professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia, alerta para um aumento do abandono agrícola e defende uma inversão da política agrícola em Portugal.
Para que a agricultura nacional tenha futuro, Portugal deverá ter 73% da Superfície Agrícola Utilizada preenchida com agriculturas ambientalmente sustentáveis, de conservação e com serviços rurais, contra os actuais 2%.
O cenário idealizado por Francisco Avillez, foi apresentado em Lisboa, esta semana, durante um seminário promovido pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) com o objectivo de fundamentar e identificar as grandes linhas pelas quais se deverá orientar o Programa de Desenvolvimento Rural para Portugal, a vigorar no período 2007-2013.
Na actualidade, 65% da Superfície Agrícola Utilizada nacional é ocupada com agriculturas de produção apoiadas por subsídios e 33% com agriculturas economicamente competitivas.
Face às alterações que se avizinham na Política Agrícola Comum e às características da agricultura portuguesa, aquilo que se espera em relação ao futuro não é continuar a fazer o mesmo que temos feito até agora, mas sim, apostar numa clara estratégica de mudança"

sábado, novembro 19, 2005

PROFESSORES EXIGEM RESPEITO E RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS!

Os professores e educadores portugueses têm sido alvo de um fortíssimo ataque que se reflecte na perda ou diminuição de direitos inscritos no seu estatuto de carreira, na descaracterização de aspectos essenciais do seu perfil profissional e na sua desvalorização social.
As reformas no ensino e na educação fazem-se com os professores, alunos e restante comunidade educativa. Anular uma das partes é castrar todo o sistema educativo português. É pura demagogia. A estratégia política do governo, no curto prazo, coloca os pais contra os professores. Mas, a verdade é como o azeite, acabará por vir ao de cima. A verdadeira solução reformadora passa pela interacção professor-aluno-encarregado de educação. Só dentro deste triângulo sairá o futuro da Educação em Portugal.

NGC 4631 - A galáxia Baleia

A galáxia NGC 4631, também conhecida por galáxia Baleia, é uma galáxia espiral vista quase de perfil situada a "apenas" 25 milhões de anos-luz de distância na pequena constelação dos Cães de Caça.
Estas distâncias deixam-nos adormecidos no tempo... valerá a pena imaginar quantos planetas, como o nosso, poderão existir nessa galáxia longínqua. Só uma ideia me assalta a consciência. Haverá outras formas de civilização, de organização social, onde não haja exploração do homem pelo homem? Uma sociedade onde a cultura e o saber não estejam ao serviço do poder. Onde a comunicação tenha dimensões universais e constitua a máxima riqueza da galáxia.
Elevar o pensamento e sonhar é a última fronteira de um "microterráqueo"...

terça-feira, novembro 15, 2005

Défice do Estado cresce 20% em apenas 10 meses...


"O défice do subsector Estado aumentou 20,1% entre Janeiro e Outubro deste ano, face ao período homólogo. De acordo com os dados publicados hoje da síntese de execução orçamental de Outubro, o défice do Estado atingiu os 7.842,5 milhões de euros, nos primeiros 10 meses do ano."
A novela do défice está para lavar e durar. Aliás, para lavar e crescer. Não encolhe. Tem capacidades reprodutoras.
Sr. Primeiro Ministro, estou admirado consigo. Deveria ter vindo a terreiro explicar estes fenómenos bizarros. Tanto aperto para nada. Congelamentos dos escalões, aumentos na idade da reforma, reduções dos gastos na saúde e assistência social, os salários congelados...etc...
Afinal, não há medidas que acabem com o "dito cujo". Não consegue congelá-lo, pelo menos?
Assim, não dá. Pensava eu que Vª Excª. ia acabar com ele, como acabou connosco. Ou melhor, como vai acabando, em cada dia que passa.
Destrua-o, elimine-o, procure as raízes principais, as suas entranhas. Arranje um bom antibiótico, um antidéfice, corte-lhe as veias e deixe-o marinar. O tempo, tudo resolverá.
Não me faça recordar um tal António, até hoje, único terapeuta da "besta".
Só que nos ia matando a todos, com a dose! Mas, que dose!...

segunda-feira, novembro 14, 2005

Gostaste da aula de substituição?!

-Tás a gostar? Tens a cabeça limpa? Olha que bem comportados que eles estão? São tão giros...
-Olha-me pra esta senhora... chegou aqui e veio logo meter-se comigo... acho que lhe devia dizer duas... Os "prófs", dizem que esta senhora é a responsável pela falta dos feriados... que os obriga a dar-nos mais umas tantas secas... sim, por que os "prófs" que substituem os que dão feriado, são sempre diferentes. Nem sei bem para que serve estar na sala, quietinho e caladinho, a ouvir umas quantas coisas que nós já sabemos. Às vezes, lá vem um que nos deixa fazer o que queremos, jogar à bola ou ping-pong. Nas duas tardes livres que tenho, fico em casa a respiro ar fresco, estudo o que tenho a estudar, faço os trabalhos e vou até lá fora um bocado. No ano passado, andava no Clube da música, este ano, sem feriados, não volto à escola, nessas tardes livres. Será que vai ser sempre assim? Começo a pensar que sim... que seca.
Um aluno do 2ºCiclo do EB.

domingo, novembro 13, 2005

Mais um sinal dos tempos...

Um grupo de imigrantes clandestinos manifestaram-se em Almeria, sul de Espanha, depois de terem sido despedidos pelas empresas hortícolas onde trabalhavam.
Nos cartazes pode ler-se: "Nós queremos viver e trabalhar com dignidade".
E por cá? Os recém-chegados e os outros? Os que chegaram nos anos 70 e 80?
Mão-de-obra barata para a construção civil, a trabalhar anos a fio sem horas, sem se aperceberem que, ao mesmo tempo, o mundo não parava de mudar.
Os mais novos, já não vão nisso e já não querem a construção civil, querem progredir, querem algo mais. Mas, o "algo mais" esbarra-se nas barreiras da nacionalidade.
Se pretendem alistar-se nas Forças Armadas, não podem. Se querem ir para a Função Pública, não podem. Se desejam frequentar um simples curso de formação profissional, são complicações.
Tal como noutros lugares da Europa, o problema repete-se.
É mais um sinal dos tempos... a invasão avizinha-se e o colapso do estado-social aproxima-se a passos largos... ( Foto do Liberation.fr)

Até os deuses ficam azuis...

Na pretérita sexta-feira, em Allahabad, na Índia, na confluência do Ganges com o Yamuna, desenrolou-se uma cerimónia hindu, onde participou esta jovem pintada de azul.
Esta cor simboliza, entre outros elementos, o deus Shiva.
Segundo a lenda do culto politaísta, Shiva ficou azul, por que se engasgou, quando comia um peixe. (Libération.fr)

“Declínio e queda dos Impérios ”

"Mas como deveremos perdoar a negligência indiferente do mundo pagão e filosófico que foram apresentadas, não para seu julgamento mas para os seus sentidos? Durante a época de Cristo e seus apóstolos, e dos seus primeiros discípulos, a doutrina que eles professavam era confirmada por inúmeros prodígios. Os coxos caminhavam, os cegos viam, os doentes eram curados, os mortos ressuscitavam, demónios eram esconjurados e as leis da Natureza eram frequentemente suspensas em benefício da igreja. Mas os sábios de Roma e da Grécia desinteressaram-se deste horrível espectáculo e, prosseguindo as suas ocupações normais da vida e do estudo, pareciam inconscientes de quaisquer alterações na moral e no governo material do mundo. Sob o reinado de Tibério, o mundo inteiro, ou pelo menos a celebrada província do Império Romano, estava envolvido na obscuridade sobrenatural. Mesmo este evento miraculoso, que deve ter apelado à curiosidade e devoção da humanidade, passou sem grande notícia numa época de ciência e de história. Aconteceu durante a vida de Séneca e de Plínio o Velho, que devem ter experimentado os efeitos imediatos ou recebido a informação mais privilegiada do prodígio. Qualquer um destes filósofos recolheu detalhadamente os fenómenos da natureza, tremores de terra, cometas e eclipses que a curiosidade infatigável pode recolher. Quer um quer outro omitiram uma menção ao maior fenómeno que algum mortal testemunhou desde a criação do globo.”
Edward Gibbon, “Declínio e queda do Império Romano”, 1776/78
Os contemporâneos de Cristo ignoraram o que estava a passar-se na Palestina, durante o primeiro século da nossa era.
Hoje, estaremos, talvez, a passar ao lado de acontecimentos que, no futuro, se revelarão fundamentais na determinação do rumo do declínio e derrocada da Europa, do euro e do estado social e previdente.
A falência do mundo ocidental.
Depois, será a partilha do saque. A pulverização dos estados. O colapso desta civilização e o começo de uma outra forma de vida. Uma sociedade que desconhecerá, eternamente, o défice.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Andrómeda

Crédito: K. Gordon (U. Arizona), JPL-Caltech, NASA.Telescópio: Spitzer Space Telescope.
Esta galáxia irá atravessar a nossa Via Láctea daqui a alguns milhares de milhões de anos.
Será um espectáculo brutal... nós não estaremos cá para o ver. O Sol acabará mais cedo e, com ele, a Terra e todo o sistema solar. Não há déficit que aguente...

quarta-feira, novembro 09, 2005

benfica, povoado berbere perto de Lashbûna...

Numa das muitas leituras, em pleno Art.79º, folheando o primeiro volume da História de Portugal, de Oliveira Marques, encontrei, por acaso, na página 21, uma explicação que justifica a repetida frase que apelida de "mouros", os adeptos do S.L.B. e que passo a transcrever:
"(...) As características do povoamento muçulmano não foram, repetimos, ainda estudadas. Tribos berberes e árabes difundiram-se um pouco por toda a parte. A análise dos topónimos começados por Ben- ou Bem- revela a abundância desses grupos etno-sociais. (...) Entre os topónimos considerados, dêem-se alguns exemplos: Benaçoitão, Benafessim, Benafim, Benafundão, Benagaia, Benalgange, Bencatel, Bendafé, Benegasil, Benespera, Benfarras, Benfica, Bengado, Benquefede, Bensafrim, etc. (...)"
Entende-se que, em tempos idos, Benfica era o nome de um colonato berbere, portanto, mouro.
Fica, desta forma, esclarecida a verdade dos factos.
Será que o Sr. Pinto da Costa leu a obra de Oliveira Marques?!

segunda-feira, novembro 07, 2005

Simplesmente, imagens...


As políticas de imigração e integração social, diria mais, as tentativas de aculturação das minorias étnicas e religiosas de um modo cego e autoritário, só poderá dar, no médio prazo, barraca da grossa. É um falhanço previsível.
Acreditar que certos grupos étnicos e religiosos com uma forte convicção cultural possam, rapidamente, adquirir hábitos resultantes de uma socialização do tipo ocidental, materialista, capitalista e globalizante, pondo de parte as suas crenças, filosofias de vida, enraizadas desde há séculos no seu consciente, só por milagre ou acaso poderão resultar.
A França é um exemplo vivo do internacionalismo liberal. Desde a revolução de 1789 que aceita nas suas fileiras todo o tipo de indivíduos, numa cruzada pela liberdade, igualdade e fraternidade. Apregoou, durante décadas, a posse do mais genuíno e garantido liberalismo. A sede e o farol que orientavam os destinos políticos da Europa e do Mundo. Os povos que viviam na opressão e na miséria viam na França a resolução dos seus problemas. Acreditaram nos seus princípios. Mas, as gerações que se lhes seguiram, não sentindo esse passado, ofuscadas pela ilusão do presente e movidas por novos argumentos, entre outros, o cenário do 11 de Setembro, explodiram por simpatia, dando início a uma nova realidade social. O fogo e a guerra contra um inimigo ideológico e virtual que ninguém vê e todos sentem. A contestação, rapidamente, deu lugar à revolta, aos incêndios e às primeiras vítimas.
Depois, entra-se numa escalada com imprevisíveis consequências. Não se sabe ainda ao certo, como será estancada a revolta ou se o estado de direito conseguirá travar a rebelião. Tudo agora está na mão das famílias dos jovens, nos adultos, nas pessoas mais calmas que possam ter mão na juventude enraivecida.
Os políticos tiveram a primeira lição. Pensar antes de agir. Alargar os cordões à bolsa e criar estruturas educacionais mais próximas desses jovens. Abrir as políticas a outras iniciativas culturais e sociais.
Tirem as conclusões que quiserem.
A força só conduz a uma força cada vez maior.
A guerra é o conjunto dessas forças.

sexta-feira, novembro 04, 2005

A intifada nos "banlieues" de Paris.

Ao cair da noite, nos arredores de Paris e de outras cidades francesas, jovens muçulmanos incendeiam automóveis, lançando o caos e a destruição. As imagens transmitidas pelas Tv's fazem lembrar a intifada nas zonas palestinianas. Agora, é a guerra contra o estado.
Afinal, o que se está a passar em França? Falta de habilidade política dos srs. Sarkozy, Villepin & Companhia? O esgotar da tolerância? Racismo? Ou será ainda mais grave?!

quinta-feira, novembro 03, 2005


Comecei por ser, apenas, um leitor de "Blogs". Com a "agulha" a Norte, experimentei e, a medo, fui saboreando as primeiras cerejas, uma após outra, tomando-lhe o gosto... apreciando os resultados...
Fico grato pelas tuas palavras amigas, companheiro.

Bem haja.
Peço desculpas pelo uso do teu logotipo.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Que regionalização?! O Noroeste? Talvez seja...

A respeito do galego-português
"Talvez a maioria das pessoas que me estão a ouvir ou a ler desconheçam a problemática galega. Para facilitar-lhes a conexão com ela, proponho uns exercícios de imaginação. Aquelas de língua espanhola pensem num Porto Rico que, sob a cerco da cultura americana, tentá-se criar uma nova língua e cultura em torno ao spanglish intitulada porto-riquenha e desligada da língua e cultura hispana. Para as portuguesas que não visionem, ainda, o galego como o seu particular porto-riquenho imaginem um processo similar na Olivença. Polo contrário, às falantes de catalã só lhes resta fazer um exercício de recordação: Valência"
Valentim Rodrigues Fagim

NEBULOSA PLANETÁRIA NGC6543

Digna de um filme do "Senhor dos Anéis", esta imagem fantasmagórica revela a nebulosa planetária NGC6543 em toda a sua complexidade.

terça-feira, novembro 01, 2005

HÁ 250 ANOS LISBOA TREMEU E GEMEU...

Há 250 anos Lisboa sofreu um violento sismo, seguido de um maremoto que arrasou a baixa da cidade, causando dezenas de milhares de vítimas. O que ficou de pé foi consumido pelo fogo que devorou o resto. Para as consciências da época, foi castigo divino, flagelo de Deus.

Mas, se tal desgraça, acontecesse na actualidade, as consequências seriam ainda mais terríveis. Poderíamos afirmar que seria o colapso total de Lisboa e de grande parte do território a sul. Para além das centenas de milhares de mortos, os danos nas estruturas de apoio e logística, colapsavam. Vias de comunicação, estruturas hospitalares e serviços de apoio, dificilmente existiriam no terreno, impossibilitando os primeiros socorros às vítimas. A magnitude dos danos seria de tal ordem que paralizaria o país, no curto prazo. As comunicações seiam difíceis e a confusão geral. Haveria necessidade de rasgar caminho para chegar perto das zonas mais atingidas. A ajuda da comunidade internacional seria a única e definitiva esperança daquelas gentes. Deus nos livre de tal desgraça. Não há nada que nos proteja. Pelo menos é o que parece...