sábado, janeiro 28, 2006

A verdade dos números ou os números da verdade...

Os resultados eleitorais significarão, em termos absolutos, a vontade expressa dos cidadãos da república?

A versão oficial dos resultados:

Cavaco Silva - 50,59%
Manuel Alegre - 20,27%
Mário Soares - 14,34%
Jerónimo - 8,59%
Louçã - 5,31%
Garcia Pereira - 0,44%

Como deveria ser feita a leitura dos resultados eleitorais, incluindo os votos brancos, nulos e a abstenção:

TOTAL DE ELEITORES INSCRITOS: 8 830 706
Total de votantes - 5 529 117 - 62,61%

Cavaco Silva 2 745 491 - 31,09%
Manuel Alegre 1 124 662 -12,74%
Mário Soares 778 389 - 8,81%
Jerónimo de Sousa 466 428 - 5,28%
Francisco Louçã 288 224 - 3,26%
Garcia Pereira 23 650 - 0,27%

Abstenção + Nulos + Brancos 3 403 862 - 38,55%

O que fazer com os 3 403 862 de eleitores que não contaram para nada?
Será que a democracia, tal como está, não motiva os cidadãos?
Ou, por outro lado, não passarão de indigentes, inúteis à democracia. Ou, de facto, o actual modelo democrático está ultrapassado ou em vias de extinção.
É preocupante o apelo ao movimento de cidadãos.

O exemplo do movimento de cidadania na campanha do Manuel Alegre é um sintoma das mudanças que estão para surgir. Atenção aos próximos passos...

domingo, janeiro 22, 2006

Portugal em Cavaco.


A nova república.
Cá se fazem , cá se pagam...
O MP3 não funcionou.
Alegremente, a caminho do fim...

sexta-feira, janeiro 20, 2006

O velório...


" Uma parte importante da nação perdeu totalmente fé no parlamentarismo, e nas classes governamentais que o encarnam; e tende a substitui-la por outra coisa, que ela ainda não definiu bem a si própria."
Artigo de Eça de Queirós publicado anonimamente na «Revista de Portugal», publicação editada no Porto, mas que Eça dirigia desde Paris. Este artigo foi atribuído durante muito tempo a Oliveira Martins, mas Ernesto Guerra da Cal comprovou a existência do manuscrito original autógrafado.
Neste artigo, Eça afirma que, com a crise política provocada pelo Ultimato britânico de 1890, a população portuguesa passou a pensar que «antes qualquer outra coisa do que o que está». O problema era saber o que era esta «outra coisa». Um governo autoritário, com base no exército, parecia improvável. Então o que se perfilava no futuro parecia ser ou uma «revolução feita de cima, uma concentração de força na Coroa ... que não seria compreendida pela Nação», ou uma revolução vinda de baixo - a República, que para Eça «seria a confusão, a anarquia, a bancarrota.»
Acabava então perguntando, não apresentando naturalmente uma solução:
- «Que resta pois? Resta, como esperança, o sabermos que as nações têm a vida dura, e que o nosso Portugal tem a vida duríssima.» Sabendo que «entre nós têm-se visto governos que parecem absurdamente apostados em errar, errar de propósito, errar sempre, errar em tudo, errar por frio sistema.»
A história veio comprovar que Eça de Queirós para além de ser um grande escritor, assim como um grande jornalista, foi também um grande analista político. Este artigo previu os 40 anos seguintes. O reforço do poder real, com a «ditadura» de João Franco, apoiada por D. Carlos; a revolução republicana, que se tornou a anarquia que o autor previu, e a solução militar que era a menos previsível em 1890, mas que foi a que se mostrou a mais duradoira existindo durante 50 anos, de 1926 a 1976.
Janeiro de 2006, trinta anos depois ... o maior exemplo do empobrecimento moral e ético do país está na administração pública corrupta, nas milhares de baixas fraudulentas, nas vigarices dos subsídios de emprego e desemprego, nas falências habilidosas, nas fugas ao fisco e à segurança social, nos subsídios e outras honrarias. Em poucos anos viramos na "Portolíndia" ou "Portolândia". Por vezes, dou-me no meio de um qualquer estado sul-americano.
Aqui ou acolá, dos simples funcionários aos porteiros, dos motoristas à gente da limpeza, dos chefes de serviços, aos assessores, directores gerais, sub-secretários e secretários, aos ministros e outros "istros", a pequena e a grande corrupção, o clientelismo e o favor dominam a administração central e local, sufocando todos aqueles que por tolice ou teimosia embarcam no cumprimento escrupuloso de um verdadeiro serviço público, única via para o sucesso do país.
O Estado está minado e não tem cura.
Afinal o Eça já pensava nisto...
Então!?
Funeral, pela certa.
Venha a 3ª República. Este estado já morreu.
Às três, tem vez...( já dizia o Zé Pagode)
Paz à sua alma...

sexta-feira, janeiro 13, 2006



Escutas???

Escuteiros sempre alerta... mirones...

Por cá, está tudo à escuta. Ou então, sobre escuta. Mirones...

O que escutaram? Já agora, expliquem às meninas o que se passou.... seus mirones...

O mirone é uma raça de gente que sobrevive às catástrofes, inundações, furacões e tempestades. Em Portugal os mirones estão por todo o lado.

Qualquer coisa acontece, aparecem os mirones... Portugal é a terra dos mirones.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Eleições? Mas, não p'rós mesmos...


Tenho assistido, ultimamente, a fenómenos estranhos, quer pela TV, quer pelos jornais e outras coisas que tais, que confirmam aquilo que, afinal, toda a gente pensa com os seus botões:
- Os culpados da crise são os dois maiores partidos políticos que se têm lambuzado, há mais de trinta anos, nas cadeiras do poder.
Quem o diz são os dois principais candidatos à presidência da república que, ao fugirem a sete pés, como o diabo da cruz, da colagem partidária a que pertencem, numa tentativa desesperada de lavagem das mãos, qual Pôncio Pilatos, não se querem identificar com os tais com quem partilharam o poder. O PSD e o sem D deveriam, por conseguinte, responder pelos disparates e erros, na barra dos tribunais, em certas circunstâncias, prestando contas dos negócios que fizeram, dos milhões que delapidaram, das empresas que geriram, dos gestores que enriqueceram, das falências e das fraudes, das facturas falsas e dos impostos que nunca entraram nos cofres públicos. As privatizações às pressas, os encaixes fabulosos de negócios esquisitos e secretos. A promiscuidade que existiu e continua a existir entre os sectores governamentais e privados. Os negócios são um segredo mas, em política, meus senhores, o segredo não é a alma do negócio.
A césar não basta ser sério, tem que parecê-lo, também...
Veja-se, a dança das cadeiras dos gestores das empresas públicas e dos cargos do governo.
Entra um ex-ministro p'rá empresa,
Sai um gestor p'ró governo.
E a dança continua.
O que "mexia", volta a mexer, aqui e ali, parece uma mola.
Por mim, iam todos p'rá rua...
E o moura lá na iberdrola...
Zépovinho, qual é a tua?
Andas distraído com a bola.
Apetece-me gritar, mais uma vez, em voz alta:
- Venha a 3ª república, desta já está farta, a malta...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

esperança...



Eu sou a Andreia, tenho 22 anos, sou Educadora de Infância recém formada e moro em Lisboa. Até há pouco tempo a minha vida decorria normalmente e feliz até que me foi detectada Leucemia do tipo Mieloide Crónica. Poderei ficar totalmente curada se receber uma transplantação de medula óssea. Constatamos que tanto os meus pais como irmã não são compatíveis para o efeito, e... como tal procuro um dador.

Todos os esclarecimentos podem ser obtidos no site do CEDACE - Centro de Histocompatibilidade do Sul http://www.chsul.pt/ .
O meu nome é Andreia Margarida Morais e Mota.
Poderá contactar-nos através do 966886302 ou motaandreia@hotmail.com.
O possível dador/a não corre qualquer risco. Ficar-lhe-ei eternamente grata se me puder ajudar! Caso não seja possível, agradeço na mesma a sua atenção e desejo-lhe toda a felicidade que eu gostaria de ter.
Um beijinho
Andreia
P.F. Não ignorem a mensagem. Ler e reencaminhar não custa nada.
Obrigada.

domingo, janeiro 01, 2006

"Novo ano, vida nova" a frio recauchutada...

Aprendemos que, por pior que seja um problema ou situação, existe sempre uma saída.
Aprendemos que é um disparate fugir das dificuldades. Mais cedo ou mais tarde, será preciso tirar as pedras do caminho para conseguir avançar.
Aprendemos que perdemos tempo quando nos preocupamos com problemas que, muitas vezes, só existem na nossa mente.
Aprendemos que é necessário um dia de chuva para darmos valor ao Sol, mas se ficarmos expostos muito tempo, o Sol queima-nos.
Aprendemos que os heróis não são aqueles que realizam obras notáveis, mas os que fizeram o que foi necessário e assumiram as conseqüências dos seus actos.
Aprendemos que não importa em quantos pedaços partiu o nosso coração, o mundo não pára para que nós o consertemos.
Aprendemos que, ao invés de ficarmos à espera que alguém nos traga flores, é melhor plantarmos um jardim.
Aprendemos que amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de nos fazer felizes. Cabe a nós a tarefa de apostar nos nossos talentos e realizar os nossos sonhos.
Aprendemos que o que faz diferença não é o que temos na vida, mas QUEM nós temos. E que boa família são os amigos que escolhemos.
Aprendemos que as pessoas mais queridas podem, às vezes, ferir-nos. E talvez não nos amem tanto quanto nós gostaríamos, o que não significa que não amem muito, talvez seja o máximo que conseguem. Isso é o mais importante.
Aprendemos que toda mudança inicia um ciclo de construção, se você não se esquecer de deixar a porta aberta.
Aprendemos que o tempo é precioso e que não volta atrás. Por isso, não vale a pena resgatar o passado. O que vale a pena é construir o futuro.O nosso futuro ainda está por vir. Então, aprendamos que devemos descruzar os braços e vencer o medo de partir em busca dos nossos sonhos.
Ou então, tome como consolação esta obra prima da resignação.