segunda-feira, outubro 10, 2005

Verdade disfarçada...

Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome. E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas. Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido, muito elegante.

— Verdade, por que estás tão abatida? — perguntou a Parábola.

— Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Parábola.

— Que disparate! — sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens te evitam. Tome! Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.
Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na, disfarçada…

PARÁBOLA: do Lat. parabola <> Gr. parabolé, comparação
s. f., alegoria que encerra doutrina moral;Geom., curva plana cujos pontos distam igualmente de um ponto fixo (foco) e de uma recta fixa (directriz), ambos situados no plano da curva;
Trás-os-Montes, dobadoira dobrada, isto é, com duas ordens de travessas cruzadas.

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