A palavra "Gazeta" tem sido utilizada para denominar as publicações periódicas que apresentam notícias políticas, literárias, científicas, artísticas e religiosas e que começaram a proliferar na Europa a partir do século XVI. O Terramoto de 1755 (em Portugal) ou Terremoto de 1755 (no Brasil), como ficou conhecido, aconteceu no dia 1 de Novembro de 1755 às 9h20m da manhã, resultando na quase destruição da cidade de Lisboa e de grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami que se crê terá atingido a altura de 20 metros e múltiplos incêndios, tendo feito mais de 100 mil vítimas mortais. Foi um dos mais mortíferos terramotos da história.O terramoto teve um enorme impacto na sociedade do Século XVIII, em especial na estrutura política em Portugal e tornou-se o primeiro estudo cientifico do efeito de um terramoto numa área alargada. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu 9 graus na escala Richter.
Antes do terramoto, a 30 de Outubro de 1755 a Gazeta noticiava:
"A Corte continua a sua assistência no Real sítio de Belém, logrando saúde perfeita, e Suas Majestades, e Altezas vêm algumas vezes a esta cidade [de Lisboa], para se divertirem com a representação das óperas".
Após o terramoto:
"O dia 1º do corrente ficará memorável a todos os séculos pelos terramotos e incêndios que arruinaram uma grande parte desta cidade; mas tem havido a felicidade de se acharem na ruína os cofres da fazenda real e da maior parte dos particulares". (Gazeta de Lisboa [GL], n° 45, 1755)
Na semana seguinte, a 13 de Novembro, a Gazeta continuava na mesma linha, escrevendo:
"Entre os horrorosos efeitos do terremoto, que se sentiu nesta cidade no primeiro do corrente, experimentou ruína a grande torre chamada do Tombo, em que se guardava o Arquivo Real do Reino e se anda arrumando; e muitos edifícios tiveram a mesma infelicidade". (GL, n° 46, 1755)
A Recuperação da Memória Perdida.
A Incidência do Terramoto de Lisboa no Património Cultural da Província de Ourense (Galiza, Espanha).
Begoña Fernández Rodriguez, Universidade de Santiago de Compostela
O terramoto de Lisboa, ocorrido à primeira hora da manhã do dia 1 de Novembro de 1755, festividade de Todos os Santos, passou à História como um dos fenómenos mais trágicos, não só pela sua intensidade, o seu grande número de vítimas e destruições, como também porque os seus efeitos foram sentidos em várias partes do mundo.
O facto de a Península Ibérica, juntamente com o Norte de África, foram algumas das zonas mais afectadas pelo sismo, que perturbou especialmente Portugal, originando o próprio terramoto e o incêndio subsequente a destruição de boa parte da sua capital, levou o monarca espanhol,
O terramoto de Lisboa, ocorrido à primeira hora da manhã do dia 1 de Novembro de 1755, festividade de Todos os Santos, passou à História como um dos fenómenos mais trágicos, não só pela sua intensidade, o seu grande número de vítimas e destruições, como também porque os seus efeitos foram sentidos em várias partes do mundo.
O facto de a Península Ibérica, juntamente com o Norte de África, foram algumas das zonas mais afectadas pelo sismo, que perturbou especialmente Portugal, originando o próprio terramoto e o incêndio subsequente a destruição de boa parte da sua capital, levou o monarca espanhol,
D. Fernando VI, casado com uma princesa portuguesa, D. Maria Bárbara de Bragança, ao ordenar ao Governador do Supremo conselho Geral de Castela, a realização de um inquerimento sobre os danos sofridos nos povoados e outros lugares do Reino como consequência do mesmo.
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